segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para começar



Para começar os trabalhos, segue como um pedido de benção o texto que mais me tocou ultimamente: versos de Ricardo Reis (um dos heterônimos do imortal Fernando Pessoa) lidos no túmulo do poeta no Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa. Coincidência ou não, este parente distante, expatriado por vontade própria para o Brasil, fornece-me em versos um enigma para a vida, digno dos estrangulamentos de qualquer esfinge, caso não alcançado.

“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.”

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