domingo, 8 de agosto de 2010

Quando o mercado criar: converto seus livros em e-books!

(exemplo fictício de anúncio de fundo de quintal)

Lendo o texto da Flávia Penido (a super @ladyrasta) sobre a mesa em que Peter Burke e Robert Darnton discutiram o futuro dos livros (“Darnton, Burke e os livros”) durante a Festa Literária Internacional de Paraty - FLIP, veio na minha cabeça a seguinte situação futura: você, dono de muitos livros em sua casa, seja porque deu o braço a torcer, seja porque não cabe mais livro nenhum na sua estante, seja pela sua consciência ecológica (inventem por favor outros motivos) decide que quer converter sua biblioteca toda em arquivos digitais para o Kindle ou algum outro leitor digital. Você entra na Internet, visita as boas lojas (também virtuais) do ramo, paga e vai baixando os arquivos.

Então você percebe que determinados títulos, quer seja pela época da publicação, pela negativa da Editora em editar versões digitais, ou qualquer outro motivo, não está disponível no formato. O que fazer?????? Como diriam os Cassetas: Seus problemas acabaram!!!! Você buscaria um das centenas de anúncios existentes no futuro, que em resumo trariam a seguinte frase: “Converto seu livro em arquivo digital”. Poderiam ainda dizer “Super desconto: a cada 10 livros você paga 9”.

Vivemos essa situação quando o CD surgiu: diversos serviços de conversão de fitas cassetes e lps (nossos discos de vinil), muitos ainda existentes. De atividade de fundo de quintal a empresas profissionais, foi seguido pela conversão de fitas de vídeo para DVD (como deve ter ocorrido – imagino - antes de filmes de 8mm para VHS). Por que não um serviço de conversão de livros? vemos isso para grandes corporações que contratam empresas de gestão de informação para digitalizarem seus acervos de livros, fichas e outros dados guardados em papel (ainda existe o trabalho de microfilmagem também). Com o avanço (ao que parece, desta vez concreto) dos leitores digitais, seria de se esperar uma popularização do serviço. Com um scanner na mão e uma boa idéia na cabeça, quem sabe!

Viajando mais na maionese, agrego essas idéias a um texto na ultima INFO Exame de John C. Dvorack intitulado “Gutemberg e o IPAD”, onde o autor questiona a algazarra entorno do lançamento do IPAD. Ele faz um exercício interessante ao inverter a linha do tempo e escrever como seria o lançamento do livro em papel em um mundo de leitores de mídia.

Pois bem, veio na minha cabeça como seria, primeiro, um anúncio de conversão das mídias antigas para o livro. Algo assim, saído de algum monastério: “Converto suas tabuletas de argila, pedra ou papiros em livros manuscritos. Aumente a portabilidade de suas informações. Garantimos dedicação e concentração no trabalho. Conteúdos inapropriados serão avaliados para fins de contratação.” (timtim por timtim – hehehe). Ou senão do livro manuscrito para o livro impresso: “Para que esperar muito tempo por edições de seus textos em cópias manuscritas???? Chegou o revolucionário livro impresso!!!! Nossas prensas garantem agilidade e maior divulgação de seus trabalhos. Amplie seu mercado consumidor e aumente seus lucros. Tratar com a Gráfica Gutemberg”.

Bom, terminando essa viajação, procurei na Internet e tirando as empresas de gestão de informação, não achei nenhum assunto na forma que mencionei. Quem achar um ou quiser montar o negócio, me conte.... Vai ver eu estou atrasado e tem fundo de quintal anunciando mais este negócio...

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